(Obra de Magritte).
Eu acreditava em mentiras. Acreditava que fechar os olhos escondia o que não queria ver.
Percebo que não existem mentiras e fechar os olhos não nos privam da visão, ao contrário, aguça-se ainda mais os sentidos.
Não existem mentiras assim como não existem verdades. As mentiras para quem as profere, nada passa do que uma das verdades que gostaria de acreditar, e até acredita. As mentiras para quem as ouve, nada passa do que verdades passageiras que não lhe mudam o conteúdo.
O essencial não é o termo Mentiras ou Verdades. Termos não existem. Discussões sobre nomenclatura nada passam que uma divagação metalinguística vã. No entanto, a significância é mesma, pois a verdade ou a mentira coexistem a depender do ângulo de quem as ouve ou as profere.
C' est ne pas un pipe
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