Se pudéssemos visualizar as raízes dos impulsos dos quais nascem as mais sublimes doutrinas morais, veríamos um monstruoso egocentrismo. Na frondosa árvore que nasce desse egocentrismo, está a idealização de si mesmo, a transformação de sua personalidade e de seus gostos pessoais em princípios superiores. Em todo caso, se o fizer com bastante encanto, talvez conseguirá seduzir um pequeno rebanho no qual poderá observar várias imitações de si próprio.
Se, no fundo, a verdade subjetiva é inexistente, então que cada qual manifeste coragem de ser si mesmo e de criar seu próprio caminho em função dos valores que julgar mais elevados. Isso é tudo. Mas poderíamos, aqui, sugerir um critério que talvez soe bastante interessante aos mais afirmativos: o fraco tende a colocar a autoridade dos valores fora de si mesmo; o forte faz exatamente o oposto.
André Díspore Cancian
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