segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Destino,um pretexto para desviar a impotência humana perante as incertezas...

"O destino o que é senão um embriagado conduzido por um cego?" (Mia Couto)
Destino,uma falha na conexão divina ou uma alternativa para justificar o imprevisível?
O homem sempre procurou (e continuará a procurar) respostas para todas as incessantes dúvidas imanentes à vida. Uma postura de inconformidade acoplada a sua exarcebada inutilidade diante da incerteza do futuro, propicia o ambiente perfeito para que uma das armas mais poderosas possa atuar : a imaginação (que diante de tais situações já está se debatendo e tornando turva a visão que distingüe a realidade do inventado).
Muito mais fácil do que admitir a impotência marcante, é elaborar inúmeras alternativas que a mascare, e sair pregando por gerações como uma verdade pronta, porém a profundidade desta nada mais é do que uma visão holográfica de satisfação. Bem mais viável justificar o que não pode ser desmistificado, numa planificação alucinógena.
Portanto, se todos chegássemos ao fim da vida e refletíssimos sobre o passado, e todos concluíssemos que sempre tivemos o que queríamos, certamente a justificativa seria :
" o poder das habilidades humanas perante a natureza da vida".
Mas como o sombrio assusta e é impossível descartar as possibilidades de fracasso da vida, a melhor alternativa é jogar a responsabilidade do incerto nas mãos de uma "teia superior", afinal ninguém quer se desfazer da esperança, e se contentar no hoje como ação inicial do amanhã.
A mente humana é poderosa, e não sossegará até conseguir suprir os vazios indagáveis,seja através da racionalidade, ou da transcendentalidade.
Jéssica L.






Nenhum comentário: